Autor: João Guimarães Rosa
Páginas: 536
Ano: 2021
Editora: Companhia de Bolso
Gênero: Literatura Brasileira
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Ano: 2021
Editora: Companhia de Bolso
Gênero: Literatura Brasileira
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Onde Comprar: Amazon
Classificação Etária: +14
Nota:




Este livro foi cedido pela Editora Companhia de Bolso, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora.
Resenha:
Nota:







Sinopse:
“O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”
Publicado originalmente em 1956, Grande sertão: veredas é uma das obras mais apaixonantes da literatura brasileira. Ao narrar o mundo através dos olhos de Riobaldo, Guimarães Rosa constrói um romance fascinante, que mescla sofrimento, luta, alegria, violência, amor e morte em uma prosa extremamente inventiva. Neste clássico arrebatador, as paisagens percorridas pelos jagunços ganham uma dimensão universal e profundamente humana. “Sertão: é dentro da gente.”
Esta edição, de bolso, conta com posfácio de Davi Arrigucci Jr., cronologia do autor e sugestões de leitura.
Este livro foi cedido pela Editora Companhia de Bolso, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora.
Resenha:
Um livro que consegue te puxar para dentro de suas páginas como se fosse um sertão sem fim, esse livro é "Grande Sertão: Veredas", do mestre absoluto João Guimarães Rosa. E olha, quando eu digo que você vai se perder (mas daquele jeito bom) eu não estou exagerando.
Riobaldo, nosso narrador, está aqui para contar sua história, e ele não economiza nos detalhes. Ele é aquele tipo de personagem que parece estar sentado ao seu lado, com um café na mão, narrando tudo em um monólogo que mistura saudade, filosofia e um tanto de poesia. A trama vai e volta no tempo, e você acompanha desde a vida dele como jagunço até sua relação intensa, cheia de nuances, com Diadorim. E, gente, que relação! É sobre amor, coragem, segredos e aquele medo do que os outros vão pensar, tudo isso embalado no cenário árido, vasto e lindo do sertão brasileiro.
A relação entre Riobaldo e Diadorim é o coração do livro, e talvez a maior história de amor já escrita no Brasil. É complexa, é trágica, é arrebatadora. Enquanto eles buscam vingança pela morte de Joca Ramiro, líder dos jagunços e pai de Diadorim, a gente fica ali, acompanhando os altos e baixos, os olhares carregados de significado e o peso de um segredo que só se revela no final. E olha, quando esse segredo vem à tona, você simplesmente sente o chão sumir.
Além do romance e da ação (porque tem muito aqui), "Grande Sertão: Veredas" ainda brinca com a ideia de um pacto com o diabo. A dúvida é uma constante, e Guimarães Rosa sabe como deixar te deixar questionando tudo. E, claro, a escrita dele é algo à parte. Parece que ele pegou o sertão inteiro, com seus rios, matas e sol escaldante, e transformou em palavras. É poesia pura.
Ah, e não dá para ignorar a grandiosidade do cenário. O sertão aqui não é só pano de fundo; ele é um personagem por si só, cheio de caminhos, armadilhas e escolhas. O paralelo entre as veredas do sertão e as escolhas da vida de Riobaldo é de uma genialidade que só alguém como Rosa poderia criar.
Se você ainda não leu "Grande Sertão: Veredas", faça um favor a si mesmo e se jogue nessa leitura. Não é só um livro; é uma jornada pelo coração do sertão, e pelos caminhos tortuosos que a vida nos faz trilhar. É um labirinto? Sim. Mas, como Riobaldo nos ensina, a beleza está justamente em encontrar seu próprio caminho.
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